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Processo em que cliente e psicólogo se debruçam sobre questões comportamentais que estejam interferindo no momento presente do paciente. Usualmente, são realizados encontros semanais com a duração média de 45 minutos. A depender da demanda e da necessidade, a frequência de sessões pode ser maior. Para casos em que o paciente tem menos de 18 anos, minha forma de trabalho engloba 1 reunião mensal com os responsáveis.

A psicoterapia comportamental busca identificar de onde vêm as questões que estão impedindo o indivíduo de viver uma vida com sentido, e para onde ele deseja direcioná-las. Para isso, iremos trilhar um caminho pautado na flexibilidade psicológica.

Minha atuação embasa-se na Terapia de Aceitação e Compromisso (do inglês, Acceptance and Commitment Therapy – ACT), uma das linhas de terapiaa da terceira geração da Terapia Comportamental desenvolvida em 1987 pelo psicólogo Steven Hayes e seus colegas Kelly Wilson e Kirk Strosahl.

Curiosidade: Não se considera apenas ACT como uma sigla, mas como a palavra em inglês, que quer dizer ato, uma tomada de ação. Não uma simples ação, mas uma ação guiada por valores e uma ação consciente, ou seja, uma ação aberta à experiência, envolvido ao que se está fazendo. Há, assim, um componente existencial na ACT.

A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) enfatiza o processo de aceitação e atenção aos pensamentos e sentimentos, associado a processos de compromisso e mudança de comportamento para criar flexibilidade psicológica, ou seja, a habilidade do ser humano perceber e experienciar conscientemente e por completo os resultados emocionais e cognitivos dos seus comportamentos e persistir e alterar seu comportamento em prol de valores escolhidos.

Para Harris (2017), é objetivo da Terapia de Aceitação e Compromisso maximizar o potencial humano para uma vida rica e cheia de sentido, enquanto lida efetivamente com toda dor que inevitavelmente acompanha uma vida cheia de sentido.

A ACT está baseada em 6 processos básicos, expressados em um hexágono de flexibilidade psicológica ou hexaflex. São eles: Desfusão cognitiva, Aceitação, Contato com o momento presente, Eu como contexto, Valores, Ação com compromisso. Esses processos são visitados e revisitados durante todo o processo terapêutico de acordo com o contexto, ou seja, não são fixos, não precisam seguir necessariamente uma ordem e sua duração varia de acordo com a evolução necessidade do cliente. No entanto, é importante que a terapia se inicie pela desfusão e aceitação e caminhe para os valores e ações com compromisso.

Segundo os fundadores da ACT, o primeiro e principal meio para estabelecer novos comportamentos é a própria relação terapêutica. É na relação terapêutica que a flexibilidade psicológica é instigada, modelada e suportada. Nas palavras dos fundadores:

O relacionamento em si é aceito e os valores são focados; o terapeuta procura praticar, modelar e reforçar o que está sendo ensinado. A terapia é uma comunidade social/verbal em que as contingências normais baseando-se em fusão e evitação são removidas em favor das contingências baseadas em aceitação, desfusão, foco no momento presente e outros comportamentos relevantes em ACT. Numa relação terapêutica na ACT, persistência e mudança direcionadas a valores estão no coração da própria relação terapêutica. (HAYES et al, 2004, p. 6, tradução nossa)

O terapeuta deve adotar uma postura de não julgamento, aberta, consciente, ativa e baseada em valores, buscando estar atento aos seus pensamentos e sentimentos no momento (conteúdos privados) e as emoções e reações do cliente (o ambiente externo).

Quais as competências do terapeuta da ACT?

  • Ajudar o cliente a identificar objetivos de vida baseados em valores e construir um plano de ação ligado a eles;
  • Encorajar o cliente a fazer e manter compromissos na presença de barreiras percebidas (ex: medo de falhar, memórias traumáticas, tristeza, querer estar certo) e esperar barreiras adicionais como consequência de se engajar em ações comprometidas;
  • Ajudar o cliente a apreciar as qualidades de ação comprometida (ex: vitalidade, senso de crescimento) e dar pequenos passos, enquanto mantém contato com essas qualidades;
  • Ajudar o cliente a focar nos padrões mais amplos de ação para ajudar o cliente a agir sobre seus objetivos com consistência ao longo do tempo;
  • Integrar de modo não julgador os deslizes e recaídas do cliente no processo de manter compromissos e construir padrões mais amplos de ação efetiva.

Analogamente ao esquiador que deve saber fazer a posição básica sem a qual os não conseguiria fazer manobras específicas e cairia, mas também deve individualizar essas manobras de acordo com suas características, um terapeuta ACT precisa ter uma compreensão dos processos fundamentais da abordagem (hexaflex) para realizar suas manobras (intervenções), porém precisa ser capaz de individualizar essas manobras de acordo com a realidade de cada cliente.

Como funciona a ACT na prática?

Atuamos através de metáforas, histórias, exercícios experienciais, práticas de mindfulness, tarefas, processos experimentais, e análise das funções dos comportamentos. As técnicas são utilizadas de acordo com a faixa etária e a demanda do paciente, e sempre com o assentimento do paciente e, se for o caso, dos responsáveis.

Para quem se destina a abordagem da ACT?

Para crianças, jovens e adultos que necessitam aprender a lidar de outra forma com as situações desagradáveis e dolorosas, tais como sentimentos, pensamentos, memórias e sensações julgadas ruins ou negativas. Se você está decidido por trilhar um caminho de aceitação dos eventos que lhe geram sofrimento e de disposição para alterá-los, a ACT é para você.

Quanto tempo dura o tratamento com a ACT?

Para questões pontuais, como uma fobia, é possível notar melhora em cerca de 6 ou 8 sessões. Já para depressão ou ansiedade, para começarmos a ver alguma melhora, normalmente são necessárias entre 6 e 12 sessões.
No entanto, se a demanda for existencial, inflexibilidade psicológica ou alguma questão complexa e profunda, o tratamento irá durar o tempo que você julgar que está sendo benéfico.

Qual o valor da psicoterapia?

  • O mais interessante é pensar:
  • Quanto você pagaria para descobrir novas formas de se relacionar consigo mesmo, com sua história de vida e com as pessoas ao seu redor (seus pais, cônjuge, filhos, amigos)?
  • Quanto você pagaria para remover cenários da sua vida que hoje te trazem sofrimento?
  • Quanto vale viver uma vida de acordo com seus valores?
  • Quanto vale sua saúde mental, sua liberdade emocional?

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